os pés
quase descalcos, quase calcados
em sapatilhas que já foram salmão
estão expostos no ar, num frenesi ritmado
numa danca que não é danca
em amor que finge não ser
e se apoiam nas teclas
fingindo serem como elas
numa relacão na qual
é tudo preto no branco
e assim inventam notas
que soam melhor do que quaisquer outras
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